domingo, 30 de março de 2008

Jorge Melícias (1970)


Na ponta dos dedos

batem as palavras sísmicas.

E a testa abre-se profusamente

à força do nome.

Digo:aquele que escreve infunde o prodígio,

respira ao cimo com a luz nos pulmões,

atravessa como se florisse nos abismos.


de A Luz nos Pulmões(2000)

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