domingo, 13 de abril de 2008

Jorge Melícias (1970)



O poema são fogueiras levantadas na garganta

ou um sono inclinado sobre as facas.


Alguém diz, a prumo

todos os nomes queimam,

e há uma deflagração assombrosa,


a palavra acende-se

com uma árvore de sangue ao centro.


A Luz Dos Pulmões, 2000

domingo, 6 de abril de 2008

José Luís Peixoto (1974)


mãe, cada palavra que me ensinaste repete mil vezes o teu nome.




de A Casa, a Escuridão

Valter Hugo Mãe (1971)


não peço ao diabo

que me perdoe, dou

a deus o meu pecado

chegarei ao inferno puro.



de egon schiele, auto-retrato de dupla encarnação